domingo, 1 de setembro de 2013

Fotografando nosso amor


Chego em casa do trabalho e cansada aproveito a coincidência da hora do seu mamá pra te sentir um pouquinho, quem sabe me reabastecer com sua juventude e inocência .
Você suga sua mamadeira e eu me pego te apertando contra meu corpo e nisso tenho a percepção quase dolorida que você quase não é mais um bebê. 
Seus 75 cm e 10 quilos já não cabem no ninho que faço com minhas pernas.
Nesses meses todos desde que chegou tenho corrido mais que poderia imaginar .
Eu  corro o tempo todo, mas o tempo corre mais rápido meu filho. Tenho força e disposição como nunca tive antes , não que não esteja cansada , sim, me sinto exausta a maior parte tempo mas é sempre maravilhoso estar com você .
E é completamente inconsciente minha entrega, sou uma fêmea tentando proteger sua cria, oras!
Te aperto mais e mais , tentando eternizar esse momento de nossas vidas, como uma fotografia sensorial. Fazendo de nossos corpos o papel para impressão disso tudo. Será que daqui um tempo, passando a mão sobre a minha pele conseguirei reviver essa sensação?
Acho que não, da mesma forma que na fotografia não conseguimos sentir a pele, o hálito , o amor. Mas vale, sempre fica a lembrança do momento vivido.
Mas te peço uma coisa meu bebê, fique mais um pouquinho!